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Foto: Pedro Piegas (Diário)
Não tem sala de espera, divã, tampouco paredes, mas tem cadeiras de abrir, escuta à disposição e atendimento psicológico para quem quiser e de forma gratuita. É só chegar na Praça Saldanha Marinho, todas as quartas-feiras das 11h às 13h. A ação intitulada Psicanálise na Rua começou há dois meses na cidade e já conta com cerca de 60 pessoas atendidas. Os encontros são cancelados somente em dias de chuva.
Veja o cronograma da Unidade Móvel de Saúde para esta semana
A iniciativa é de quatro psicólogos, todos colegas de especialização em Cínica Psicanalítica: Ana Carolina Bragança, 24 anos, Tiago Vargas Dal Carobo, Mônica Pilar Ribeiro, 31 anos, 31, e Joyce Both, 28. O objetivo é fomentar a saúde mental de forma democrática e sem preconceitos, oferecer escuta, aproximar os sujeitos da cidade e valorizar o espaço urbano.
- Denominamos como sendo um dispositivo clínico-político. Não queremos ter um dever que é do Estado ou tapar o buraco de nenhuma política pública. Queremos quebrar as quatro paredes, oferecer escuta com responsabilidade e respaldo teórico da psicologia - explica Ana Carolina.
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Inspirado em um modelo de ação que começou em São Paulo, o grupo fez o primeiro atendimento na Praça Saturnino de Brito mudando, em seguida, para a Saldanha Marinho - local mais central e de maior circulação de pessoas. O "atendimento" segue a vontade de quem procura pelos profissionais. Pode ser uma conversa coletiva em roda ou com apenas um dos psicólogos. Em dois meses, teve até quem retornou à "cadeira de atendimento" nas semanas subsequentes. A propósito, a ideia das cadeiras de abrir é de conferir autonomia e mobilidade.
- Queremos circular a palavra. Quebrar com a visão formal e um certo elitismo que algumas pessoas têm em relação à psicanálise - acrescenta Tiago.
PSICANÁLISE NA RUA
- Quando - Quartas-feiras, das 11h às 13h
- Onde - Praça Saldanha Marinho
- Quanto - De graça